O processo de domesticação mudou drasticamente a vida social dos cães.
Sem dúvida que a domesticação aumentou de forma significativa a qualidade de
vida desses animais. Por outro lado, o estreitamento dessa relação gerou uma carga
maior de eventos estressantes, já que os cães
são obrigados a se adaptar às regras e normas
impostas diariamente pelos humanos. Este
estresse consegue alterar o funcionamento do
sistema límbico, uma complexa rede neuronal
responsável pelo controle das emoções.
Sabe-se que o sistema límbico determina maior susceptibilidade ou resiliência de
um animal a se adaptar ao estresse. O balanço
químico desse sistema dá por uma série de neurotransmissores e hormônios, entre eles o ácido gama amino butírico (GABA) e a serotonina
(5-HT).
O estresse é o principal fator responsável pelo surgimento de transtornos comportamentais em cães, entre eles a ansiedade
por separação. Nesse caso, o estresse está associado à vinculação excessiva do cão em
relação ao seu dono e também às experiências
emocionalmente negativas durante a infância e
adolescência.
O tratamento da ansiedade por separação é feito por terapia comportamental e, em
muitos casos, se faz necessário o uso de medicações com ação no sistema nervoso central
(benzodiazepínicos e antidepressivos). Estas
medicações, embora eficazes, apresentam uma
série de efeitos colaterais. Com isso, embora
tenha um efeito imediato sobre os sinais de
ansiedade, a longo prazo podem causar
sedação e o tratamento crônico pode induzir
tolerância (diminuição do efeito terapêutico) e
dependência.
Já os antidepressivos agem
aumentando a disponibilidade de 5-HT. A
princípio, este aumento pode induzir náusea,
desconforto abdominal, agravamento da
ansiedade, agitação, insônia e confusão mental.
A aromaterapia surge então como uma
importante opção terapêutica para os
transtornos de comportamento em cães, já que
pode ser tão efetiva quanto os psicofármacos,
com a vantagem de promover menos efeitos
adversos. Isso porque os componentes voláteis
do óleo essencial, ao serem captados por via
inalatória, agem rapidamente no sistema
nervoso central. No entanto, em decorrência da
sua distribuição reduzida, uma concentração
mínima destes compostos atinge o resto do
organismo. Com isso, é possível obter efeitos
terapêuticos com baixa incidência de efeitos
colaterais sistêmicos e interações medicamentosas.
Existe pouca literatura sobre aromaterapia aplicada à Medicina Veterinária. Sendo
assim, o seu uso vem sendo feito de forma
empírica e baseado em pesquisas realizadas em
roedores e humanos.
Embora não existam estudos
do efeito ansiolítico de alguns desses óleos, a
sua utilização é baseada em evidências científicas acerca dos componentes majoritários destes óleos em modelos animais de ansiedade.
Além dos aspectos farmacológicos, o
sucesso da aromaterapia nos transtornos de
comportamento depende muito de como ela é
aplicada nos cães.
Vejam algumas considerações importantes:
1. Concentração do óleo essencial: os cães
apresentam um olfato muito mais sensível e
apurado do que os humanos. Por isso, deve ser feito utilizando óleos essenciais em baixa concentração (não mais que
2%). Se no momento da aplicação da aromaterapia o seu animal começar a espirrar, isso é
um forte indício da necessidade do ajuste da
concentração da sinergia.
2. Aprendizagem associativa: principalmente
no início, a sessão de aromaterapia deve ser associada a algo que o animal
goste, buscando estabelecer uma relação do
cheiro com algo emocionalmente positivo para
ele. Esta associação potencializa o efeito da sinergia.
Uma dica seria
aplicar a sinergia em forma de massagem.
Somente após ter estabelecido esta associação é que a aromaterapia pode então ser
utilizada quando o animal estiver separado do
seu dono.
Neste caso, você pode fazer a aromaterapia indireta, através do uso de aromatizadores elétricos no ambiente em que o animal mais gosta de ficar quando está sozinho, ou
então pingar algumas gotas da sinergia nos
brinquedos e na casinha do animal.
Finalmente, é importante mencionar
que, embora utilizado em baixas concentrações, alguns óleos essenciais podem induzir
reações adversas.
Por isso, é necessário saber o
histórico do animal antes de se iniciar a
aromaterapia. Por exemplo, o óleo essencial de
alecrim é contraindicado em cães que já
tiveram convulsões ou são portadores de
epilepsia.
Consulte o Veterinário do seu animal
e trabalhem juntos em prol de uma aromaterapia segura e eficaz. O seu pet agradece!
Ao se cadastrar conosco você aprende até sentir real segurança ao utilizar os óleos essenciais. Graças a nossa forma correta e ética de ensinar, muitas pessoas estão mais conscientes da própria saúde e também ajudando as pessoas que amam.
Para saber mais e como adquirir esse e muitos outros óleos com 25% de desconto - entre em contato comigo nesse link
Aromas da fisio - TELEGRAM
Equipamentos e acessórios para começar na aromaterapia AQUI
Cursos - AQUI
Aromas da fisio - TELEGRAM
Equipamentos e acessórios para começar na aromaterapia AQUI
Cursos - AQUI